A surdocegueira é uma
terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas que tem perdas
visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes, podendo ser:
a) Surdocego total:
b) Surdocego com surdez profunda associada com resíduo
visual:
c) Surdocego com surdez moderada associada com resíduo
visual:
d) Surdocego
com surdez moderada ou leve com cegueira:
e) Surdocego com perdas leves, tanto auditivas quanto
visuais:
A surdocegueira pode ser de origem congênita ou adquirida
Segundo Troncoso (2002),
para que a criança surdocega adquira a aprendizagem de se deslocar e explorar o
seu entorno com autonomia é importante que desenvolva os seguintes aspectos:
l Imagem corporal: como ela
consegue ter representação do seu próprio corpo.
l Conceito corporal:
conhecer e nomear as partes de seu corpo e entender para que servem.
l Consciência sensorial: saber
receber a informação do meio através de todos os sentidos
Quanto às noções espaciais,
a criança surdocega necessita entender as relações espaciais que existem entre
os objetos, pessoas, como em cima/embaixo, perto/longe, à frente/atrás,entre,
dentro/fora e outros..
O uso das técnicas de guia
vidente é de suma importância. O professor de orientação e mobilidade deverá
estar atento ao momento certo para oferecer a bengala ou a pré- bengala quando
de fato este instrumento possa ser usado com propriedade e segurança pela
criança
. A orientação e mobilidade é um conjunto de técnicas e estratégias, baseadas em informações psicossensoriais, que auxiliam a criança a se orientar e a se locomover nos espaços em que ela vive e que devolvem para a pessoa surdocega (os jovens e adultos que se tornaram surdocegos no decorrer da vida) um deslocamento orientado e seguro para conhecer o seu entorno e dele usufruir.
Pode-se construir estes conhecimentos de orientação e
mobilidade através de jogos e atividades simples e na rotina diária de um bebê
e de uma criança surdocega, o que ajudará a desenvolver esta habilidade desde o
primeiro ano de vida.
É importante que o surdocego passe a tatear e explorar o mundo para obter um novo conhecimento de uma forma mais adaptada aos seus limites.
Através do tato é possível formular as suas próprias imagens e o sentir dará significado para as suas percepções. As mãos serão ferramentas de comunicação com o mundo externo para construir o interno Simone Costa
Através do tato é possível formular as suas próprias imagens e o sentir dará significado para as suas percepções. As mãos serão ferramentas de comunicação com o mundo externo para construir o interno Simone Costa
Comunicação através do Tadoma |
Comunicação Libras Tátil |
Claudia Sofia e Carlos Jorge são proprietários da ABRASC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SURDOCEGOS ambos prestam apoio e assistência aos portadores desta síndrome, ensinando-os a conquistarem a independência que ambos conseguiram
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA -conjunto de duas ou mais
deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de
comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas alterações que
caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o nível de desenvolvimento, as
possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem
que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas”. (MEC, SEESP,
São consideradas pessoas com
deficiência múltipla sensorial-visual (MDVI), quando há a deficiência Visual(baixa visão ou cegueira)
associada a uma ou mais deficiências (intelectual,física/ motora) ou a
transtornos globais do desenvolvimento e distúrbios de comunicação e que
necessita de programas que favoreçam o desenvolvimento das habilidades funcionais
dessas pessoas, visando ao máximo de sua independência e uma comunicação
eficiente. (MAIA et al, 2008,p.14)
São consideradas pessoas com deficiência
múltipla sensorial-auditiva (MDHI) quando há deficiência auditiva/surdez
associada à deficiência intelectual ou a deficiência físico-motora ou a ambas,
ou a Transtornos Globais do Desenvolvimento. (MAIA et al, 2008, p.14)
Como proceder visando a
aprendizagem
Iniciar as instruções com
atividades das mais simples para as mais
complexas.
• Dividir as instruções em
etapas.
• Partir do concreto para o
abstrato.
• Respeitar o ritmo de
aprendizagem.
• Repetir as
instruções/atividades em situações variadas, de forma diversificada
•